domingo, 10 de dezembro de 2017

Eu evangélica? (parte 3)

A Paz do Senhor esteja sempre com vocês!

Oi gente, vou continuar a contar um pouco do que Deus fez comigo. Quem entrou direto nessa página veja as postagens anteriores ok. vamos lá.


Um belo dia, recebi uma ligação da minha irmã que disse chorando: nosso irmão morreu. Eu sentei pra não cair. Meu irmão mais velho tinha acabado de falecer. Isso foi um choque na minha família. Minha mãe era muito apegada a ele, por ele ser mais velho e pela pessoa que ele era. Eu fiquei sem acreditar. Eu o amava tanto, ele era tão humilde, humano, alegre, gozador... Tão culto musicalmente e ajudou tanto minha mãe quando era novo. Ele nos ensinou tanta coisa, tocava violão como ninguém, era dono de um bom gosto musical riquíssimo. Foi quando jovem morar fora do país e nos apresentou todo oriente médio através de cartas e cartões postais. Passou muito tempo fora para ajudar um pouco mais a nossa família a ter algum luxo. Coisa que nem meu próprio pai se importava. Ele fez diferença na vida de todos os irmãos, por isso o golpe foi duro. Infelizmente ele começou a beber demais, chegou um tempo que seu café da manhã era a bebida. Tentamos de tudo mais com adulto é complicado, você não pode obrigar a pessoa. Ele deixou muitos amigos,  lindos filhos, netos e muita saudade... Isso me mostrou que um dia teremos que partir. 
Eu tinha uma visão tão errada da morte. Tinha tanto medo. Ficava pensando em caixão, terra por cima e tudo isso. Vamos falar mais sobre isso aqui no futuro ok, porque morremos, como acontece tudo segundo a Bíblia. 
Foi uma fase muito triste pra todos nós, minha mãe ainda não sabia que teria que ser ainda mais forte... Ainda bem que nesse período eu não estava trabalhando ainda, então pude ficar mais com ela. Nunca pensei que perder alguém tão próximo mexia tanto com você. Foi minha primeira perda nos últimos 5 anos... Infelizmente haveria mais...
Como havia contado eu ia mudar de trabalho. Fui designada a trabalhar num setor da policia civil onde solicitava rabecão. Eu que morria de medo de tudo. Eu não tinha contato nenhum com eles, mas tinha que receber da família ou da própria policia todas as informações que tinha acontecido com a pessoa, o que levou ela a óbito. Só após saber o que tinha acontecido que mandávamos o carro do rabecão buscar o corpo. Uma mini investigação. Diariamente eu ouvia a história e a tristeza de alguém que acabou de perder seu ente querido das mais variadas formas. Não lembro quantos rebecões eram por dia, mas eram o suficientes para deixar qualquer um em estado de melancolia no mínimo. Não tem como não chegar em casa pensando em morte em um emprego desses. O tempo todo que trabalhei lá entrando de alguma forma na vida de alguém eu me sensibilizava e minha ansiedade aumentava. 
Todo mundo já pensou na morte, acho que em algum momento todo mundo teve medo dela. Quem já perdeu alguém também já se perguntou pra onde a pessoa vai ou até mesmo aqueles pensamento de panico de estar em baixo da terra. Como eu já pensei assim...
Nesse período minha sogra e parte da família do meu marido também tinham virado evangélicos (Graças te dou Deus), e quando a gente ia lá ela sempre nos enchia com aquelas infinidades de casos sobre a obra de Deus. Minha sogrinha tinha uma maneira maravilhosa de contar casos, e quando eram sobre Jesus ela se sobressaía, não dava vontade de ir embora, ela era tão intima de Deus e Ele realmente mudou a vida dela. Hoje ela está com Ele no céu, tenho certeza que deve estar contado altos casos, todo mundo deve amar muito ela ter chegado lá, não tem como não se sentir tocado quando a pessoa reflete Deus nas palavras. Eu a conheci com 17 anos, quando comecei a namorar e agora aos 40 nos despedimos por um tempo (amém), e posso dizer com toda verdade que vi muita mudança acontecer em sua vida. Era uma Nilza antes e outra depois dela deixar Jesus dirigir  sua vida.
Minha sogra ia numa igreja bem simples, porem cheia do Espirito Santo, a Pastora Rita me encantava quando a via na casa da Nilza e sempre nos convidava para ir um dia fazer uma visita. Meu marido começou a ir. O meu horário era mais complicado, eu largava serviço as zero horas, então ele me contava as coisas boas que estava aprendendo sobre Deus e a Bíblia. 
Um dia resolvi ir também, já tinha participado de algumas células e já tinha ido em alguns casamentos evangélicos mas não me sentia bem. Eu achava que eles gritavam demais, eu não conseguia me concentrar.
Mas um dia eu fui. O Espirito Santo já estava a me rondar...(Depois conto como isso acontece também).
Não sei se todos vocês já viram na internet um estudo bíblico (lembrando que falo mais para não evangélicos), vejam, é muito legal. Eu nunca tinha visto e achei fantástico.
Na igreja católica segue mais um padrão e fora a parte da leitura e do padre no sermão,  o restante é tudo a mesma coisa em  todas as missas. Da pra decorar as falas. E como você não leva Bíblia, fica mais difícil a concentração e acompanhar o padre.
No estudo bíblico é diferente, todo mundo tem bíblia, quem não tem pega emprestado, lê junto, passa no telão, mas todo mundo segue o que escrito ali, e o pastor lê e explica. Ele vai no inicio da Bíblia complementa, vai no final complementa o que foi falado, tudo tem ligação é uma teia, kkk fiquei tão fascinada que no mesmo dia fui tocada pelo espirito santo e levantei a mão. Quando ela perguntou quem queria entregar a vida pra Jesus eu tava la, nem sei como, mas foi mágico, parecia que tinha tirado um peso de mim gigante, a semana foi maravilhosa, foi tudo de bom... 
Fiquei só nisso, com o tempo até esqueci que tinha aceitado Jesus como dono da minha vida. Eu ia na igreja quando dava, sem compromisso, não assumi de verdade o compromisso, o melhor é que comecei a me sentir bem na igreja evangélica. Visitei algumas e sinto que hoje encontrei um lugar que tanto pedi a Deus.
Nesse meio tempo continuei fazendo tudo igual, mas sentia mais paz e alegria de viver, parei com os pensamentos ruins e comecei a falar com Deus. Comecei a pedir a ele um lugar melhor de trabalho, não queia mais ouvir aquelas noticias de morte, fora que eu folgava só um final de semana por mês. Isso me deixava muito distante da minha família.
Uma coisa eu tinha aprendido naquele dia. A oração!
Não uma coisa ensaiada com Deus no céu e eu aqui. Comecei a chama lo de Pai e conversar com Jesus como um amigo fiel.
Eu não sabia, mas apesar das lutas que iam começar Deus já estava agindo em meu favor, afinal minha vida já tinha sido entregue a Ele.

Vamos até aqui né, na próxima postagem eu continuo. 
Desse tempo até hoje se passaram mais de quatro anos... Então são vários acontecimentos que podem até não está na cronologia correta mas foi assim que Ele se revelou pra mim.

abraços,
Renata Alves


Nenhum comentário:

Postar um comentário